FESTA DA CASA DO OESTE 2016

A 8 de Maio, será a festa da Casa do Oeste /Festa da Família Rural
Tempo para todos os amigos da Casa do Oeste e os amigos destes, estarem presentes na Festa. Para além de ser um dia de convívio, reflexão, tempo para os grupos da ACR, apresentarem as suas reflexões sobre a “Laudato Si”, será também uma oportunidade para se fazerem receitas que ajudarão na gestão da Casa.

Da parte da manhã será promovida uma reflexão sobre: A dignidade do trabalho; relações laborais e doutrina Social da Igreja. Para nos ajudar nesta reflexão teremos o Engº José Guia, com a sua experiência de empresário, dirigente associativo e conhecedor da Doutrina Social da Igreja.
 
Nos últimos anos assistimos a grandes alterações, nas relações laborais, desemprego, quase trabalho de escravo, sem direitos. Nós cristãos, apoiados na doutrina Social da Igreja não teremos algo a dizer sobre estas situações? Empresários, trabalhadores por conta de outrem estão convidados a participar nesta reflexão.
“A Igreja, porém, considera sua tarefa fazer com que se tenham sempre em conta a dignidade e os direitos dos trabalhadores, estigmatizar as situações em que são violados e contribuir para orientar as referidas mudanças a fim de se tornar real o progresso autêntico do homem e da sociedade”. (João Paulo II - “Laborem Exercens”)

PROGRAMA
9,30hAcolhimento
10,00hConferência: ”A dignidade do trabalho . Relações laborais e a doutrina social da Igreja” por Engº José Guia
11,30hMissa Festiva com Bênção dos Campos e Distribuição da Espiga
13,00hAlmoço de convívio: Ementa à Casa do Oeste
14,30hTarde cultural, com temas da Enciclica do Papa Francisco,
“Louvado sejas”: teatro, canto, movimento e animação musical

 - Mostra e venda de produtos da agricultura familiar da região
18,00h- Encerramento
O Papa Francisco diz-nos na Encíclica Louvado sejas: “Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Não se deve procurar que o progresso tecnológico substitua cada vez mais o trabalho humano. O trabalho faz parte do sentido da vida nesta terra, é caminho de maturação, desenvolvimento humano e realização pessoal. “ L.S.128


EM MEMÓRIA DO NOSSO AMIGO CARLOS BATALHA
 
Partiu para o Pai aos 83 anos, tendo nascido a 5.11.1932, casou a 13.04.1958 e morreu a 7 de Abril.
 «Nascer é uma peregrinação e morrer é regressar a Casa» (VanThuan).
Na Eucaristia celebrada no funeral do nosso Carlos Batalha, no dia 8 de Abril, irmão do P. Batalha, ficaram bem patentes quatro linhas de rumo que o marcaram ao longo da sua vida.
Tais linhas foram a espiritualidade, a formação bebida na Ação Católica, a acção social vicentina e a actividade profissional responsável. Viveu sempre inserido na vida familiar e na comunidade local, donde irradiaram a sua espiritualidade e, ao mesmo tempo, o seu compromisso nas realidades terrestres.
Carlos Batalha e outros militantes da Ação Católica Rural já falecidos deixaram-nos um apelo vital,
a que não temos sabido corresponder em conjunto: eles fizeram a síntese, individualmente e em família, entre a vida espiritual, a familiar e o compromisso na ordem terrestre; certamente, até se pode afirmar o mesmo acerca de cada um de nós...

Mas, até agora, ainda não começámos a criar comunidades fraternas semelhantes às dos primeiros cristãos, entre os quais não havida pessoas necessitadas. Sabemos que este desígnio é muito exigente e requer um trabalho sistemático, ao longo das nossas vidas.

Quanto mais nos comprometermos na erradicação da pobreza melhor conciliamos a vida terrena com a eterna, e a comunhão entre pessoas consideradas «vivas» e «mortas».
Fazemos, na terra, «em comunhão fraterna», a «antecipação do banquete celeste» (cf. Gaudium et Spes, nº. 38; parece recomendável a leitura deste número).

Obrigado Carlos Batalha e todos os amigos que nos precederam pelo enorme apelo que nos deixaram. Quanto melhor lhe correspondermos, melhor aprofundaremos a nossa comunhão fraterna... e eterna. (Grito Rural , Abril de 2016)

 
“Cresceu o menino
No corpo e na Fé
Que a vida deve ser entrega
Doação aos outros e oração.

 Foi oleiro, operário e agricultor.
Pensava ser frade,
Mas apaixonou-se,
Casou-se.
Foi pai de família,
Contador de histórias
Na hora de desgrelar batatas,
E “enmolhar” cebolas e alhos.

Foi catequista,
Poeta,
Dinamizou e animou marchas e festas,
Sempre pronto a gracejar e a brincar.
Mesmo no tempo da demência
O humor e a brincadeira
Fez surgir no seu rosto o sorriso
E aquecer os nossos corações.

 A Oração o seu alimento
Amar a Deus e aos outros
Queria seguir o Mandamento.
Empenhou-se na Ação Católica Rural,
Nas Equipas de casais dos Encontros Matrimoniais,
Na Conferência S. Vicente Paulo
Apoiou os mais necessitados, os doentes, os idosos.

Foi esposo, pai, avô
Homem Carlos,
Jesus Cristo a sua Luz
E o seu caminho.

É chegada a hora,
o tempo de agradecer 
A dádiva e o dom da sua vida
Na momento do regresso a Casa do Pai.

Bem hajas meu e nosso pai
Que Deus te acolha no seu reino de luz e Vida eterna.”

Esmeralda Batalha