22 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Na próxima sexta-feira (22/03), celebra-se o Dia Mundial da Água, bem essencial para o futuro da humanidade para o qual o Papa Francisco tem chamado a atenção: “A defesa da terra, a defesa da água, é a defesa da vida”. “Questiono-me então se, no meio desta «terceira guerra mundial em pedaços», que hoje estamos a viver, não caminhamos porventura rumo à grande guerra mundial pela água” (24.02.2017).

 A água é um bem tão precioso que a sua ausência impossibilitaria toda a forma de vida na terra. Daí as políticas governamentais sobre a água, os acordos entre as nações por causa do curso dos rios internacionais, a contaminação da água, etc. etc… O papa Francisco na encíclica LaudatoSi dedica um ponto específico para a questão da água: nº 27-31.

 O Papa recorda que “a água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos”. Afirma que “a pobreza da água pública verifica-se especialmente na África, onde grandes setores da população não têm acesso a água potável segura, ou sofrem secas que tornam difícil a produção de alimentos. Em alguns países, há regiões com abundância de água, enquanto outras sofrem de grave escassez.” “Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas”, sublinha Francisco na encíclica. “Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos.” “Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável”. “Alguns estudos assinalam o risco de uma aguda escassez de água, dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes” (LS. 31). Somos, pois, responsáveis pela Natureza e pelas suas fontes de água que Deus colocou à nossa disposição para que a vida possa continuar na Terra.

Pe  Batalha (in  Farol, nº 29l)

FORMAR PARA UMA ECOLOGIA INTEGRAL

Este foi o tema que os militantes da ACR de Lisboa abraçaram para refletir neste início de Quaresma. O Encontro realizou-se na Casa do Oeste, em Ribamar da Lourinhã, no domingo 10 de março e ultrapassou a meia centena o número de participantes desta atividade.

A reflexão do dia teve a colaboração da Drª Maria Eduarda Ribeiro, dirigente da Rede da Casa Comum. Desta ressaltamos as seguintes Conclusões:

1.  A Terra, a nossa Casa Comum, está hoje a viver uma emergência ecológica motivada sobretudo pelas atitudes e comportamentos humanos.

2.  A cultura contemporânea quer tudo e já, não olhando a meios para satisfazer a sua ganância, destruindo o equilíbrio e os recursos de uma forma já praticamente irreversível.

3.  Neste percurso o fosso entre ricos e pobres tem vindo a aumentar permanentemente criando desigualdades sociais que colocam em risco a dignidade de muitos filhos de Deus.

4.   Apesar do que já sabemos hoje sobre as consequências de continuarmos neste caminho de consumismo desenfreado e de nos discursos já a maioria das pessoas mostrar ter consciência de que é necessário mudar de rumo, os nossos comportamentos não se têm alterado significativamente.

5.  É necessária uma Educação Ecológica que promova a indispensável mudança, “o coração humano tem que mudar” (Papa Francisco). É-nos pedido que a dimensão da fé seja valorizada e elevada à capacidade interventiva e crítica, no sentido de denunciar o que está mal e ajudar a construir o caminho. O Papa Francisco, na Encíclica LaudatoSi, dá-nos imensas pistas para a necessária transformação e não tem medo de ser crítico relativamente ao modelo económico vigente, que não está ao serviço do desenvolvimento sustentável.

Face a estas conclusões os participantes partilharam as suas experiências em ordem a novas atitudes tomadas e a tomar no dia-a-dia e que passam pela conversão de um olhar consumista, individualista e materialista sobre o mundo para um olhar de contemplativo, de gratidão e de partilha com toda a “Criação”. Chegou-se deste modo aos seguintes desafios/compromissos:

  Cada um de nós deve dar um testemunho de responsabilidade social e ecológica.

É importante estarmos presentes na construção dos orçamentos participativos das autarquias e aí serem feitas propostas de políticas mais amigas da ecologia integral.

  A urgência da mudança torna indispensável que nos organizemos de várias formas com vista à implementação dos «5 Rs» (Reciclar, Reutilizar, Reduzir, Recusar e Repensar), em casa, na escola, nos nossos locais de trabalho, pois o nosso testemunho pode ajudar a discernir sobre a realidade que nos rodeia e a mudar os comportamentos de outros.

  É fundamental que além de alterarmos as nossas práticas tenhamos a coragem de fazer propostas políticas de alterações profundas no modelo económico para que progressivamente se passe de uma economia baseada em conceitos capitalistas e consumistas para uma economia circular em que os bens são produzidos para ciclos de vida longos e as pessoas adotem comportamentos de consumo mais frugais de acordo com as suas necessidades reais.

Tiago Isabel e Rosália Batalha (pela Equipa Diocesana da Ação Católica Rural)





LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA

ENCONTRO DE 16 DE MARÇO DE 2019 – CHÃOS DE ALCOBERTAS

Foco da iniciativa: a participação ativa de todos, através da desocultação, da reflexão, e da discussão de temáticas pertinentes no quotidiano das nossas organizações:

. no questionar as nossas práticas de liderança na gestão das organizações

. para termos organizações felizes, dinâmicas, numa lógica humana, ambiental e cultural, capazes de conjugar cada um com o todo.

Programa:

9 h 00 / 9 h 30 - Receção dos participantes. Objetivos e metodologia do encontro

10 h - As questões da liderança nas organizações - Debate em Group Caffe
  . Os participantes debatem em grupos uma questão de cada vez, e trocam de grupo.

   . Identificam 5 palavras-chave na liderança. Depois acontece a reflexão e a discussão.

   . Podem pré-existir palavras-chave a ser ou não ser aceites pelo grupo (por ex.:

     funções estratégicas da liderança, visão da liderança pelos trabalhadores; partilha e

      delegação de poder; conflito e consenso; comunicação).

11 h - Questionamentos aos Dirigentes de organizações de ESS - Mesa Redonda

-  António Frazão (Coop. Terra Chã) / Jorge Gonçalves (Coop. Integral Minga) / Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior ou… *A confirmar

  Há um projecto para a organização - ou uma organização com projeto?

  O relacionamento/envolvimento com dirigentes, trabalhadores, utentes, sócios.

  Sou líder da/na organização? Penso que sim? Penso que não? Porque razão?

  O que preciso de mudar ou de reafirmar em mim?

 - Os participantes questionam os dirigentes (Foco na reflexão dos Groups Caffe).

13 h - Almoço

14 h 30 - Análise crítica da liderança em organizações de ESS - Mesa Redonda

* Os participantes apresentam a sua visão da direcção/liderança da sua organização.

* O moderador faz andar o debate, os participantes questionam com factos, outras formas…

  Actuação dos dirigentes das nossas organizações. Temos gestores? Chefes? Líderes?

  Que mudanças consideramos pertinentes no desempenho dos líderes?

  Que novas formas de organização para mais participação e envolvimento ?

16h e 30 - Liderança? Lideranças? Para que organizações? - Luciane Santos

  * Reflexão a partir da escuta ao que aconteceu durante o dia

   * Contributo de participantes nos group caffe.

   * Trabalho para casa 

* Próximos Encontros de Economia Social Solidária - Casa do Oeste (11 de Maio) e Landal /R. Maior (12 de Outubro)