BARCO - AMBULÂNCIA  RETIRA DO ISOLAMENTO POPULAÇÃO DA ILHA DE PECHICHE  

O barco- ambulância, projeto a que a Fundação João XXIII-Casa do Oeste deitou mãos em 2011, vai finalmente seguir para a Guiné no dia 1 de Outubro no navio Hidrográfico da Marinha Portuguesa. Parte deste sonho, quase impossível, torna-se agora realidade.
O barco destina-se a tirar do isolamento a população duma ilha que tem 6.000 habitantes e que, sobretudo a nível da saúde, precisa muito dum meio de transporte seguro que possa acudir os doentes, as grávidas e as crianças.

Este projeto tem vindo a ser posto de pé, gradualmente, por um grupo dinâmico e persistente de  voluntários  da Fundação que trataram de angariar fundos, gerir ofertas de trabalho de recuperação da embarcação, tratar da documentação e das questões legais e, finalmente, conseguir o seu  transporte para a Guiné.
Assegurar uma boa gestão (uso e manutenção) deste equipamento na Guiné é a tarefa árdua que agora se põe, e que já tem vindo a ser preparada pela nossa Equipa Coordenadora da Solidariedade com o Povo da Guiné e pelos delegados da Fundação em Bissau.

Este projeto nasceu de uma visita feita em 2011 à Ilha de Pechiche, por um grupo de voluntários da Fundação que se encontravam em Ondame  e da constatação das difíceis condições de transito entre a ilha e o continente (e vice-versa) pelas populações locais. A viagem é feita em canoa em condições muito precárias, sendo frequentes os acidentes e lentas as travessias. Um dos grupos de voluntários assistiu ao transporte da Ilha para o continente, por um dos pescadores locais, de uma parturiente em que o percurso junto a terra teve que ser feito às costas, tendo a mulher perdido o bebé. As dificuldades na travessia são enormes e o isolamento é total.

Este cenário levou a que, de imediato, os voluntários da Fundação equacionassem a hipótese de desencadear um movimento de solidariedade para se adquirir um barco com condições adequadas para serviço de ambulância e de apoio às populações desta ilha.
A iniciativa foi de imediato transmitida à missão católica de Bloom e aos  bispos de Bissau  que a acolheram com muito agrado.  

Características do barco:
Nome- “DIFÍCIL” e o nº 9535PE5  - Peniche
Comprimento – 8,60 metros
Largura - 2,48 metros
Altura – 2,80 metros (com armação)
Peso - 1800 kg
Tem 2 motores de 75 cv  cada um
Está equipado com 3 macas e com toda a palamenta (equipamento de socorros obrigatório)
Equipado também com GPS, sonda de profundidade e rádio obrigatório
Tem uma rampa de portaló para subida/descida de doentes
Funcionalidade principal: Ambulância
Ficará sediado, em principio, em Ondame ,no porto de Sidja
A.L.





DONATIVO DA FUNDAÇÃO JOÃO XXIII CHEGA ÀS  ORGANIZAÇÕES DA GUINÉ APÓS DOIS MESES NO PORTO DE BISSAU 
A Fundação João XXIII- Casa de Oeste doou em Julho passado a várias organizações da Guiné-Bissau um donativo constituído por duas viaturas e vários materiais escolares.
As viaturas são destinadas à Cooperativa Escolar São José, para o reforço da dinâmica local e à Cooperativa Agrícola “COAGRI” João XXIII em Quinhamel e os materiais escolares para Associação dos Surdos e Mudos da Guiné-Bissau.
O Delegado da Fundação João XXIII na Guiné-Bissau, Raul da Silva mostrou-se apreensivo com a morosidade de dois meses para desalfandegamento do donativo.


Raúl Da Silva assegurou que pagaram mais de oitocentos mil francos (cfas) para o despacho do donativo e, ao constatar que é doação, a  “Comissão de Núcleo de Valores” criada pelo Governo, aumenta o valor do despacho que desembocou-se em “ziguezague, tempo de demora”, de dois meses, para libertar os contentores, tendo alguns produtos alimentícios ficado danificados.  
O delegado afirma, ainda, que são obrigados a pagar diariamente dez euros por tempo de demora de donativo, por aquilo que se chama de “burocraciPede a” das autoridades nacionais.
Porém a organização não desarma. Pede a intervenção do Governo na celeridade do processo de desalfandegamento e a isenção de donativos destinados ao país.

A delegação local da organização reafirma que acusações feitas contra Fundação sobre o alegado desvio de roupa “salsa” não tem nada a ver com a instituição.
Recordamos que, há mais de vinte cinco anos, a Fundação João XXIII recolhe donativos em Portugal, envia-os para os mais carenciados na Guiné-Bissau.

Mas  como pedir a uma organização humanitária para pagar mais de oitocentos mil francos cfa, para doar donativo? Isto é absurdo! É preciso que o Governo repense o país para o bem- estar dos mais vulneráveis.
Notabanca; 14.09.2017


 
 
 
 
 



VENDA DE ROUPA DOADA - REPERCUSSÕES NA GUINÉ 
Como reação às notícias referentes á VENDA DE ROUPA destinada a ser enviada para a Guiné, publicamos a mensagem que o Prof Raul  Daniel (delegado da Fundação na Guiné-Bissau) nos fez chegar bem como o relato da sua pronta intervenção no esclarecimento da situação.
Mais informamos que tem sido muitíssimas as mensagens recebidas de apoio ao Comunicado emitido, o que muito agradecemos.
O Conselho de Administração da Fundação 
 11 de Setembro 2017

Amigos,  
Como sabeis as informações são desenvolvidas atualmente  através das novas Tecnologias. Ainda quando se trata da situação ligada a um Padre ou religioso(a) a informação ou noticias  voam mais rápido que os ventos em relação a um assassino ou um malfeitor.
Sexta-feira fui contatado Pela Rádio Sol Mansi da Igreja Católica da Guiné- Bissau, para esclarecer o que se passava. Resolvi convocar as outras Rádios e blocos mais ouvidos e mais visitados no País, para tornar público o que se passava e esclarecer as duvidas.
Como esta noticia foi acompanhada através das redes sociais, jornalistas presentes resolveram noticiar também  tanto nas Rádios como também utilizaram estes meios.
Eu vi notícias num Bloco de nome guinedade.  Tanto este bloco , como Notabanca devolveu ao seu público este esclarecimento.
Aproveitei a presença do Bispo auxiliar e muitos Padres religiosas e leigos vindos de muitas localidades do país assistir a ordenação Sacerdotal  de Francisco em Paroquia Santo António de Bandim.
Foi- me dado a palavra e consegui esclarecer e pedi aos presentes que fizesse o mesmo nas suas comunidades.
O Padre Batalha não merece este tratamento. Um Homem que deu toda a sua vida à causa Humana e Religiosa não merece ao que estamos assistir. Que Deus Lhe dê mais força e vontade  de terminar a sua missão. Ámen.
 Raul Daniel

DELEGADO DA FUNDAÇÃO EM BISSAU ESCLARECE QUE ROUPA DESVIADA NÃO ENVOLVE ORGANIZAÇÃO 

O Delegado da Fundação João XXIII Casa de Oeste na Guiné-Bissau nega envolvimento da organização, no suposto desvio de donativos de “roupa salsa” que se destinavam ao país. 

Raul Daniel da Silva respondia hoje à imprensa em Bissau sobre o assunto, deixou claro que a associação “Viver 100 Fronteiras”, na qual foram descobertas as roupas não tem nada a ver com a Fundação João XXIII e muito menos com o padre Batalha.
O delegado assegura que Padre Joaquim Batalha é uma figura que deu provas da sua honestidade, razão pela qual foi condecorado no mês de maio, deste ano em Portugal, pelo presidente de Câmara de Mafra, com uma medalha de ouro como reconhecimento pelos trabalhos em prol dos mais carenciados em Portugal e na Guiné-Bissau. Com tudo, Da Silva não quer avançar com mais detalhes mas esperançado que um dia a verdade venha à ribalta para fazer valer a justiça. Recordando o velho ditado do Jesus Cristo: “A verdade vos libertará”.
Contactado pelas autoridades portuguesas, o padre Joaquim Batalha, de 79 anos, reconheceu a intervenção do GNR, mas negou qualquer irregularidade. E adianta: "Confirmo a busca nas nossas instalações, na sede da Fundação e no nosso armazém, mas garanto que aqui não encontraram nada. Se alguma coisa foi apreendida foi na loja ilegal dessa voluntária, que eu desconheço e que nada tem a ver connosco. É um circuito paralelo que desconhecemos", garantiu o padre.
A doação de roupa em causa é estimada no valor de 208 mil euros.
Recordamos que, a Fundação João XXIII Casa de Oeste realizou a sua 1ª -Conferencia em Bissau, sobre os 25 anos da ação social. Um dia antes da conferência, a organização doou um autocarro de quarenta lugares para Associação dos Surdos e Mudos da Guiné-Bissau e no mesmo ano ofertou sete viaturas aos mais necessitados, do país. 
Publicado em “Notabanca”( 08.09.2017)

 

COMUNICADO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
                                                  FUNDAÇÃO JOÃO XXIII-CASA DO OESTE

Alguns meios de comunicação social, a partir do dia 6 deste mês, difundiram notícias que envolvem o P. Joaquim L. Batalha, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração da Fundação João XXIII-Casa do Oeste, com sede em Ribamar (Lourinhã), acusando-o do desvio de verbas resultantes da venda de peças de roupa, doadas para distribuição à população da Guiné-Bissau.
 Os restantes membros do Conselho, surpreendidos e chocados com tamanha calúnia, informam o seguinte:
1- Confirmam a ocorrência de uma operação policial, com buscas efetuadas às instalações da Fundação e aos armazéns no Sobreiro (Mafra), onde se encontram os bens doados para envio para a Guiné, não tendo sido feita qualquer apreensão de bens;
2. Não faz parte dos/as voluntários/as da Fundação a pessoa referida como tal, nalguns meios de comunicação social;
3. O apoio ao desenvolvimento de projetos locais com populações da Guiné-Bissau resultou da iniciativa de membros da Fundação e teve a cobertura imediata deste Conselho, bem como a adesão subsequente de vários/as voluntários/as e doadores. São inúmeros os donativos registados ao longo de 28 anos de solidariedade e de horas de trabalho voluntário (5.852 horas em 2016 -in Relatório de Atividades,), refletidos nas múltiplos projetos de solidariedade efetuados na Guiné-Bissau e conhecidos de todos;
4. A obtenção de fundos, vai-se conseguindo através de pequenos donativos e de iniciativas específicas, não havendo, propriamente, grandes financiadores (privados ou públicos);
5. É possivel que algumas destas iniciativas incorram, pontualmente, em incorreções de procedimento e, eventualmente, de legalidade; aceitamos singelamente essa limitação, e procuramos ultrapassá-la, tal como todas as outras;
6. O Pe. Joaquim Luís Batalha, tal como os seus pares, acompanha a angariação e a aplicação dos dinheiros velando pela sua correta aplicação e pelas decisões da Comissão Coordenadora dos Voluntários da Guine; ele próprio vem atuando permanentemente, sem remuneração, como seu presidente e como voluntário em pé de igualdade com todos os outros, que pagam dos seus bolsos todas as suas deslocações à Guiné, como podem atestar as largas centenas de voluntários que têm nelas participado;
7. O Conselho de Administração, no seu todo, responde pela Fundação, honra-se nos seus/suas voluntários/as, renova a disponibilidade para cooperar fraternalmente com as referidas populações da Guiné-Bissau e assume, com naturalidade, as suas responsabilidades pelas decisões tomadas e pelos riscos inerentes a quem procura resolver problemas graves, com notória escassez de meios.
Ribamar,08-09-2017
O Conselho de Administração:
Pe Joaquim Luis Batalha
Luis Gonzaga Nunes
Maria Leonor Batalha
António Ferreira Ludovino
David Gamboa
Luis Cipriano
Cristina Bento