VENDA DE ROUPA DOADA - REPERCUSSÕES NA GUINÉ 
Como reação às notícias referentes á VENDA DE ROUPA destinada a ser enviada para a Guiné, publicamos a mensagem que o Prof Raul  Daniel (delegado da Fundação na Guiné-Bissau) nos fez chegar bem como o relato da sua pronta intervenção no esclarecimento da situação.
Mais informamos que tem sido muitíssimas as mensagens recebidas de apoio ao Comunicado emitido, o que muito agradecemos.
O Conselho de Administração da Fundação 
 11 de Setembro 2017

Amigos,  
Como sabeis as informações são desenvolvidas atualmente  através das novas Tecnologias. Ainda quando se trata da situação ligada a um Padre ou religioso(a) a informação ou noticias  voam mais rápido que os ventos em relação a um assassino ou um malfeitor.
Sexta-feira fui contatado Pela Rádio Sol Mansi da Igreja Católica da Guiné- Bissau, para esclarecer o que se passava. Resolvi convocar as outras Rádios e blocos mais ouvidos e mais visitados no País, para tornar público o que se passava e esclarecer as duvidas.
Como esta noticia foi acompanhada através das redes sociais, jornalistas presentes resolveram noticiar também  tanto nas Rádios como também utilizaram estes meios.
Eu vi notícias num Bloco de nome guinedade.  Tanto este bloco , como Notabanca devolveu ao seu público este esclarecimento.
Aproveitei a presença do Bispo auxiliar e muitos Padres religiosas e leigos vindos de muitas localidades do país assistir a ordenação Sacerdotal  de Francisco em Paroquia Santo António de Bandim.
Foi- me dado a palavra e consegui esclarecer e pedi aos presentes que fizesse o mesmo nas suas comunidades.
O Padre Batalha não merece este tratamento. Um Homem que deu toda a sua vida à causa Humana e Religiosa não merece ao que estamos assistir. Que Deus Lhe dê mais força e vontade  de terminar a sua missão. Ámen.
 Raul Daniel

DELEGADO DA FUNDAÇÃO EM BISSAU ESCLARECE QUE ROUPA DESVIADA NÃO ENVOLVE ORGANIZAÇÃO 

O Delegado da Fundação João XXIII Casa de Oeste na Guiné-Bissau nega envolvimento da organização, no suposto desvio de donativos de “roupa salsa” que se destinavam ao país. 

Raul Daniel da Silva respondia hoje à imprensa em Bissau sobre o assunto, deixou claro que a associação “Viver 100 Fronteiras”, na qual foram descobertas as roupas não tem nada a ver com a Fundação João XXIII e muito menos com o padre Batalha.
O delegado assegura que Padre Joaquim Batalha é uma figura que deu provas da sua honestidade, razão pela qual foi condecorado no mês de maio, deste ano em Portugal, pelo presidente de Câmara de Mafra, com uma medalha de ouro como reconhecimento pelos trabalhos em prol dos mais carenciados em Portugal e na Guiné-Bissau. Com tudo, Da Silva não quer avançar com mais detalhes mas esperançado que um dia a verdade venha à ribalta para fazer valer a justiça. Recordando o velho ditado do Jesus Cristo: “A verdade vos libertará”.
Contactado pelas autoridades portuguesas, o padre Joaquim Batalha, de 79 anos, reconheceu a intervenção do GNR, mas negou qualquer irregularidade. E adianta: "Confirmo a busca nas nossas instalações, na sede da Fundação e no nosso armazém, mas garanto que aqui não encontraram nada. Se alguma coisa foi apreendida foi na loja ilegal dessa voluntária, que eu desconheço e que nada tem a ver connosco. É um circuito paralelo que desconhecemos", garantiu o padre.
A doação de roupa em causa é estimada no valor de 208 mil euros.
Recordamos que, a Fundação João XXIII Casa de Oeste realizou a sua 1ª -Conferencia em Bissau, sobre os 25 anos da ação social. Um dia antes da conferência, a organização doou um autocarro de quarenta lugares para Associação dos Surdos e Mudos da Guiné-Bissau e no mesmo ano ofertou sete viaturas aos mais necessitados, do país. 
Publicado em “Notabanca”( 08.09.2017)