CAMPO DE FORMAÇÃO E FÉRIAS DA ACN


Na primeira semana de Agosto realizou-se na Casa do Oeste o Campo de Formação e Férias da ACN (Ação Católica dos Novos). Uma semana com muita diversão e alegria, onde aprender é uma constante.

O tema desta semana foi “História de Portugal”, onde os “nossos meninos” foram levados a recordar o passado para derrubar o vilão “Malefic Future”, que queria apagar quaisquer vestígios deste e apenas concentrar-se num futuro onde só existiam novas tecnologias.

Começamos com a invasão Romana, onde aprendemos a cultura, a língua, os números e a religião deste povo que tão semelhante é com o nosso. Estes novos conhecimentos foram postos à prova através de jogos. Durante a tarde foi a diversão que tomou conta do tempo, uma pequena competição na praia, com direito a coroas de louro para os vencedores.

Na terça – feira debruçámo-nos sobre o caso de D.Pedro e de D.Inês de Castro. Dirigimo-nos até ao Moledo, local onde possivelmente partilharam alguns anos num pequeno Paço Real que lá existia. Descobrimos as diferenças entre o passado e o futuro através da visita aos moinhos e aos aerogeradores.

Já estamos a meio da semana e é tempo de abordarmos as invasões Francesas, e como tal fomos até ao Vimeiro, visto que foi ali que se deu uma das batalhas mais importantes da 1º invasão. A noite deu lugar a um primeiro Peddy-Paper, mais curto e simples, mas que levou as crianças a superar alguns desafios em equipa.

Demos um pequeno salto no tempo no dia da piscina, quinta – feira, e desta vez os descobrimentos foram o mote do dia. Através duma pequena caça ao tesouro aprenderam um pouco mais sobre esta época tão importante e gloriosa para o nosso país. Como tudo isto é uma realidade distante, decidimos aproxima-la das crianças, e por isso o jantar foi servido numa folha de couve, e de talheres só existia a colher.

É chegada a sexta – feira e é a vez do 25 de Abril. Após um acordar militar, todos os participantes foram encaminhados para salas de trabalho, onde poderam não só divertir-se como também aprender o que era a censura, a PIDE, entre outros termos mais difíceis de entender.

Deu-se da parte da tarde uma guerra de balões de água e posteriormente a preparação da eucaristia. Os grupos, com a ajuda e encaminhamento do Padre Batalha dirigiram-se para algumas casas da comunidade, onde nos receberam e ajudaram a ler e refletir sobre diferentes temas bibílicos. Regressando todos os grupos à Casa do Oeste, realizou-se a eucaristia, presidida pelo Padre Batalha, na qual foi animada por violas e pelas crianças, tendo a participação de todos em cada parte.

O jantar foi substituído por um churrasco onde todos participaram na organização de diversas formas: decoração, danças, música… Dançaram, conversaram e a alegria imperou nesta noite. Para terminar este dia em grande, realizamos um Peddy-Paper. Cada grupo com o seu animador recebeu as pistas necessárias para começar e seguir para uma noite onde os desafios se superam com espírito de equipa e animação.  

Apesar das poucas horas de sono, no sábado de manhã energia não faltou para fazermos as limpezas e arrumar as malas já com alguma tristeza, pois a semana está mesmo no fim.

Depois do último almoço todos juntos, os pais foram chegando e já as saudades apertavam. Vimos com muito orgulho os mais velhos a deixar este campo de férias e a prepararem-se para “subir” mais um patamar. Trocaram-se contactos e experiências vividas, com muitos abraços e algumas lágrimas pelo meio.

Já com a casa vazia é a vez de nos despedirmos dela e dizer um grande “até já”.

 

Ana Rita Teles

CONSTRUIR UM FUTURO COM ESPERANÇA


CONSTRUIR UM FUTURO COM ESPERANÇA
A Acção Católica Rural do Patriarcado de Lisboa reuniu em Conselho Diocesano na Casa do Oeste em Ribamar da Lourinhã no domingo 19 de julho de 2015. Foi tempo de avaliar o trabalho desenvolvido ao longo deste ano, à luz das linhas orientadoras do triénio que termina em 2016 que nos convidam a Construir agora um futuro com esperança.
Demos início aos trabalhos com um momento de oração que apelou ao nosso compromisso com os mais pobres e à preocupação com o mundo em que vivemos, através de um excerto da Encíclica Laudato Si do Papa Francisco.
Os grupos de base, na sua avaliação ao trabalho do ano, manifestaram como bastante positivas as reflexões dos guiões preparatórios do Sínodo Diocesano. Todo este percurso e a consciência que vamos adquirindo dos problemas que existem à nossa volta levam-nos a ter atitudes mais equilibradas e de maior humanidade. Somos desafiados:
A denunciar as injustiças;
A colocarmo-nos de facto ao lado dos mais fracos;
A passar das palavras aos atos e a viver a fé comprometida com a vida;
A despirmo-nos de juízos e preconceitos;
A desinstalarmo-nos, sair da vida rotineira e fazermos opções;
A repensar que papel pode ser o nosso na vida da comunidade;
A descobrir permanentemente o que é estar ao serviço;
A estar continuamente em reflexão.
Depois da apresentação destes documentos tivemos a preciosa ajuda da Dra. Teresa Vasconcelos que nos apresentou alguns pontos pertinentes e desafiantes da Carta apostólica Evangeli Gaudium, do Papa Francisco. Ficou para nós mais clara a urgência de tornar Deus presente no mundo em que vivemos, de deixar que o Espírito sopre em nós, com a sua criatividade infinita e nos ajude a desfazer os nós das vicissitudes humanas, designadamente no atropelo constante que fazemos aos nossos irmãos e à própria Natureza, abusando dos recursos. Ainda a necessidade de promover a justiça, de sairmos de nós para acolher o irmão que precisa de apoio, que não tem trabalho.
 O anúncio como experiência cristã provoca consequências sociais. Anunciar é dizer que a construção de um mundo melhor tem que incluir os pobres, tem que incluir uma economia que vise a distribuição dos rendimentos por todos e não só enriquecendo alguns, deixando todos os outros à margem. Sabemos que a nossa casa comum é o mundo inteiro, mas também sabemos que a maioria vive na pobreza…
Somos convidados a dar razão à esperança, a esta esperança que possuímos de que é possível, através da ação do Espírito em nós, transformar estas realidades em que vivemos, repletas de expectativas e necessidades falsas. Há alguns sinais e experiências de formas alternativas ao modelo económico vigente, e aqui falámos de economia social e solidária, do comércio justo, do banco do tempo, dos produtos em 2ª mão…
 Demos continuidade aos trabalhos reunindo em grupos por zonas para partilhar o que sentimos de mais importante na reflexão e ainda identificar os desafios que ela nos colocou e apresentar os compromissos que queremos assumir a nível regional e diocesano.
Do conjunto das propostas e compromisso dos grupos para 2015/2016 destacamos:
  • Promover a cooperação com outros grupos e instituições;
  • Promover encontros de agricultores, nomeadamente jovens sobre problemas do setor;
  • Criar grupos de ação social nas paróquias, se ainda não existirem;
  • Dar lugar, nas paróquias, ao acolhimento, às relações de proximidade;
  • Promover a formação (catequese adultos, escola paroquial ou escola de leigos);
  • Realizar visita de estudo para tomar conhecimento de experiências enriquecedoras;
  • Ter particular atenção às questões do desemprego e da pobreza.

O Conselho aprovou ainda o Plano de atividades ao nível diocesano e que são as seguintes:
Festa das Colheitas 25/10/2015;
Encontro de aprofundamento da fé 14/02/2016;
Festa da Casa do Oeste (colaboração com a Fundação João XXlll) 08/05/2016;
Férias 3ª idade 30/06/ a 10/07/2016.
Semana de Estudos agosto 2016 (data por definir). 
De seguida celebrámos a eucaristia, fechando assim um dia pleno de sonho, trabalho e partilha que nos impulsiona e dá esperança para os desafios que já vislumbrámos e nos esperam.