CONSTRUIR UM FUTURO
COM ESPERANÇA
A Acção Católica Rural do
Patriarcado de Lisboa reuniu em Conselho Diocesano na Casa do Oeste em Ribamar
da Lourinhã no domingo 19 de julho de 2015. Foi tempo de avaliar o trabalho
desenvolvido ao longo deste ano, à luz das linhas orientadoras do triénio que
termina em 2016 que nos convidam a Construir
agora um futuro com esperança.
Demos início aos trabalhos
com um momento de oração que apelou ao nosso compromisso com os mais pobres e à
preocupação com o mundo em que vivemos, através de um excerto da Encíclica
Laudato Si do Papa Francisco.
Os grupos de base, na sua
avaliação ao trabalho do ano, manifestaram como bastante positivas as reflexões
dos guiões preparatórios do Sínodo Diocesano. Todo este percurso e a
consciência que vamos adquirindo dos problemas que existem à nossa volta
levam-nos a ter atitudes mais equilibradas e de maior humanidade. Somos
desafiados:
A denunciar as
injustiças;
A
colocarmo-nos de facto ao lado dos mais fracos;
A passar das
palavras aos atos e a viver a fé comprometida com a vida;
A despirmo-nos
de juízos e preconceitos;
A
desinstalarmo-nos, sair da vida rotineira e fazermos opções;
A repensar que
papel pode ser o nosso na vida da comunidade;
A descobrir
permanentemente o que é estar ao serviço;
A estar
continuamente em reflexão.
Depois da apresentação destes
documentos tivemos a preciosa ajuda da Dra. Teresa Vasconcelos que nos
apresentou alguns pontos pertinentes e desafiantes da Carta apostólica Evangeli
Gaudium, do Papa Francisco. Ficou para nós mais clara a urgência de tornar Deus
presente no mundo em que vivemos, de deixar que o Espírito sopre em nós, com a
sua criatividade infinita e nos ajude
a desfazer os nós das vicissitudes
humanas, designadamente no atropelo constante que fazemos aos nossos irmãos
e à própria Natureza, abusando dos recursos. Ainda a necessidade de promover a
justiça, de sairmos de nós para acolher o irmão que precisa de apoio, que não
tem trabalho.
O anúncio como experiência cristã provoca
consequências sociais. Anunciar é dizer que a construção de um mundo melhor tem
que incluir os pobres, tem que incluir uma economia que vise a distribuição dos
rendimentos por todos e não só enriquecendo alguns, deixando todos os outros à
margem. Sabemos que a nossa casa comum é o mundo inteiro, mas também sabemos
que a maioria vive na pobreza…
Somos convidados a dar razão à
esperança, a esta esperança que possuímos de que é possível, através da ação do
Espírito em nós, transformar estas realidades em que vivemos, repletas de
expectativas e necessidades falsas. Há alguns sinais e experiências de formas
alternativas ao modelo económico vigente, e aqui falámos de economia social e
solidária, do comércio justo, do banco do tempo, dos produtos em 2ª mão…
Demos continuidade aos trabalhos reunindo em
grupos por zonas para partilhar o que sentimos de mais importante na reflexão e
ainda identificar os desafios que ela nos colocou e apresentar os compromissos
que queremos assumir a nível regional e diocesano.
Do conjunto das propostas e
compromisso dos grupos para 2015/2016 destacamos:
- Promover a cooperação com outros grupos e instituições;
- Promover encontros de agricultores, nomeadamente jovens sobre problemas do setor;
- Criar grupos de ação social nas paróquias, se ainda não existirem;
- Dar lugar, nas paróquias, ao acolhimento, às relações de proximidade;
- Promover a formação (catequese adultos, escola paroquial ou escola de leigos);
- Realizar visita de estudo para tomar conhecimento de experiências enriquecedoras;
- Ter particular atenção às questões do desemprego e da pobreza.
O Conselho aprovou ainda o Plano
de atividades ao nível diocesano e que são as seguintes:
Festa das Colheitas 25/10/2015;
Encontro de aprofundamento da fé
14/02/2016;
Festa da Casa do Oeste
(colaboração com a Fundação João XXlll) 08/05/2016;
Férias 3ª idade 30/06/ a
10/07/2016.
Semana de Estudos agosto 2016
(data por definir).
De seguida celebrámos a
eucaristia, fechando assim um dia pleno de sonho, trabalho e partilha que nos
impulsiona e dá esperança para os desafios que já vislumbrámos e nos esperam.