MISSÃO GUINÉ

3 a 20 de Março 2018

De 3 a 20 de Março de 2018 esteve na Guiné-Bissau mais um grupo de solidários (constituído por 8 elementos entre eles o Jacinto Filipe, Francisco Filipe) com o objetivo de acompanharem os diversos projetos que a Fundação João XXIII -Casa do Oeste tem no país, bem como proceder à entrega de bens e produtos, que estavam armazenados na casa de Bissau,  a outras instituições que também apoiamos na Guiné.
Nos primeiros dias visitámos diversas instituições como as instalações dos Surdos-Mudos, onde verificámos que o autocarro doado pela Mafrense em Fevereiro de 2017 está a cumprir a sua missão e encontra-se em bom estado de conservação. No Infantário de Bambaram deixámos leite em pó para as crianças deficientes ali internadas. Na Casa Emanuel, à Universidade Católica e na Clínica do Bom Samaritano entregámos diversos equipamentos de desporto, foram prometidas armações para a instalação 
elétrica de uma sala de aulas e na Clínica do Bom Samaritano deixámos materiais de enfermagem e medicamentos. Em Nhoma/Nhacra, onde está a irmã Valéria.
Entregámos  diversos materiais de enfermagem, tendo aproveitado essa deslocação para visitar o complexo escolar da Região de Binar e que é apoiado pela ONG "Mães do Mundo", da Drª Olga.
A visita à tabanca de Bissum Naga, de onde o professor Raul Daniel é natural, foi importante para todos nós porque deu-nos a confirmação do abandono a que está sujeita aquela região que tem uma população de cerca de 5.000 pessoas, das quais 1.200 são crianças em idade escolar. O caminho para lá chegarmos, com cerca de 35 Km é de terra batida, mas foram as pessoas que o fizeram e são elas que o têm que conservar; as 
escolas existentes foram elas que as construíram e são elas que pagam aos professores para que os seus filhos possam ter   escola; o posto de primeiros socorros que estão agora a concluir, são elas que o estão a edificar e são elas que compram os medicamentos mais essenciais e  suportarão o salário do enfermeiro a contratar!......Pelo testemunho de solidariedade que manifestaram diante de todos nós, foi-lhes prometido uma palete de cimento para concluírem o piso das três salas do novo infantário  e ainda um pequeno trator destinado ao transporte dos materiais que precisam de aplicar nas obras em construção e dos produtos agrícolas que produzem e que precisam de vender no mercado mais próximo e que fica a mais de 30Km da localidade. Em relação ao novo terreno da Granja de Quinhamel, adquirido e doado à COAGRI pelo falecido Dr.Fernando Cá, e que tem a área aproximada de 27.000m2, está legalizado e já está a ser vedado. Este novo espaço agrícola tem muitos cajueiros e isso representa, no imediato, uma mais-valia importante para as necessidades financeiras da cooperativa.
A outra parte do terreno, mais próxima do mangal, e que o antigo administrador de Quinhamel, Agostinho da Silva diz ter doado ao Fernando Cá, não existem provas legais e está a ser reivindicado por  várias pessoas que se dizem herdeiras e donas desse espaço. Numa primeira abordagem ainda se tentou uma negociação mas o preço pedido é de tal forma exagerado que, de imediato foi posta de parte essa aquisição, até porque como diz o Du, o novo espaço é já bastante grande, o que lhes permite fazer nele novas plantações e diversificar a produção agrícola.
O barco para a ilha de Pecixe continua estacionado na Granja de Quinhamel à espera que a comissão que o irá gerir se constitua. Nesse sentido foram dados passos importantes como, a reunião com o Sr. Bispo de Bissau, a qual contou também com a presença do Du e do Raul Daniel; falámos também com as irmãs de Cija,  com os padres do Blom e com o Batista. Esperemos que as coisas comecem a mexer, mas acreditamos que a mãozinha do Raul  Daniel será imprescindível para o primeiro passo em ordem à constituição da comissão de gestão.

E  para terminar em beleza, no dia do nosso regresso a Portugal, que já ocorreu a 21 de Março de 2018, vieram connosco mais quatro crianças - duas de colo e duas mais crescidinhas - que, ao abrigo da parceria  entre a AIDA e a Fundação João XXIII, vieram para Portugal  a fim de serem tratadas no Hospital  Pediátrico de Coimbra.