ENCONTRO DE CRISTÃOS DO
OESTE
Decorreu ontem, dia 18 de março, na Casa do Oeste, o
“Encontro de Cristãos do Oeste, Caminhos e desafios”, organizado pela
Plataforma de Diálogo e Intervenção Social, comemorando o 20º aniversário do
Congresso de Cristãos do Oeste, realizado em 1997.
A equipa de animação deste Encontro relembrou, a uma centena
de participantes, os grandes temas debatidos no Congresso de há 20 anos e laçou
para discussão e apresentação de propostas, os desafios que hoje se continuam a
pôr aos cristãos do oeste.
Na abertura do Encontro foi lida a mensagem do Sr Patriarca que
devido aos seus compromissos pastorais não pode estar presente. (Para grande contentamento dos presentes, o
Sr. Patriarca apareceu de surpresa durante o almoço deixando mais uma mensagem
de apoio a esta importante iniciativa).
MENSAGEM DO SR
PATRIARCA:
É com muita amizade e companhia que saúdo a todos os participantes no Encontro de Cristãos do Oeste, felizmente realizado em Ribamar neste Domingo 18 de março de 2018. Recordo com muito boa lembrança o Congresso de há 20 anos, em que tive o gosto e o proveito de participar. Estou certo de que muito do que lá se disse ficou a ecoar na consciência ativa de muita gente, com resultado benéfico de militância evangélica. A Casa do Oeste tem sido local de sucessivos momentos eclesiais que não deixam apagar-se a chama então acesa. A realização deste Encontro é expressão e prova disso mesmo. Parabéns a todos!
O mesmo se diga da receção há meio século da magnífica encíclica "Populorum progressio", do grande Paulo VI, cuja canonização está para breve. Mais realçado ficará o seu papel de incansável evangelizador, para nos incentivar a todos. Especialmente quando nos disse que "o desenvolvimento é o novo nome da paz" e que o desenvolvimento há de ser "de todos os homens e do homem todo".
O Papa Francisco alertou-nos, entretanto, para a urgência duma "ecologia integral", em que o homem e a natureza vivam em perfeita harmonia e equilíbrio. Em que cuidemos da criação para que ela nos corresponda igualmente, a cada homem e mulher deste mundo que Deus nos confia..
Caros amigos: Estou convicto de que o presente Encontro de Cristãos do Oeste vai ser igualmente um passo importante para a receção da Constituição Sinodal de Lisboa, especialmente quando esta nos diz no seu número 57: «A pastoral social abrange uma diversidade de formas de presença da Igreja na sociedade e um vasto campo de intervenção. A igreja é chamada a estar presente em todos os âmbitos da vida social contribuindo para a edificação da cidade dos homens. [...] A inserção eclesial dos leigos não se deverá restringir à vida interna das comunidades cristãs, mas abrir-se ao vasto campo do diálogo Igreja-mundo onde são chamados a exercer o seu apostolado nos mais diversos âmbitos.»
Estou certo e seguro de que os participantes neste Encontro de Cristãos do Oeste responderão a esta chamada. Por isso rezo e convosco fico, irmão e amigo!
+ Manuel Clemente
É com muita amizade e companhia que saúdo a todos os participantes no Encontro de Cristãos do Oeste, felizmente realizado em Ribamar neste Domingo 18 de março de 2018. Recordo com muito boa lembrança o Congresso de há 20 anos, em que tive o gosto e o proveito de participar. Estou certo de que muito do que lá se disse ficou a ecoar na consciência ativa de muita gente, com resultado benéfico de militância evangélica. A Casa do Oeste tem sido local de sucessivos momentos eclesiais que não deixam apagar-se a chama então acesa. A realização deste Encontro é expressão e prova disso mesmo. Parabéns a todos!
O mesmo se diga da receção há meio século da magnífica encíclica "Populorum progressio", do grande Paulo VI, cuja canonização está para breve. Mais realçado ficará o seu papel de incansável evangelizador, para nos incentivar a todos. Especialmente quando nos disse que "o desenvolvimento é o novo nome da paz" e que o desenvolvimento há de ser "de todos os homens e do homem todo".
O Papa Francisco alertou-nos, entretanto, para a urgência duma "ecologia integral", em que o homem e a natureza vivam em perfeita harmonia e equilíbrio. Em que cuidemos da criação para que ela nos corresponda igualmente, a cada homem e mulher deste mundo que Deus nos confia..
Caros amigos: Estou convicto de que o presente Encontro de Cristãos do Oeste vai ser igualmente um passo importante para a receção da Constituição Sinodal de Lisboa, especialmente quando esta nos diz no seu número 57: «A pastoral social abrange uma diversidade de formas de presença da Igreja na sociedade e um vasto campo de intervenção. A igreja é chamada a estar presente em todos os âmbitos da vida social contribuindo para a edificação da cidade dos homens. [...] A inserção eclesial dos leigos não se deverá restringir à vida interna das comunidades cristãs, mas abrir-se ao vasto campo do diálogo Igreja-mundo onde são chamados a exercer o seu apostolado nos mais diversos âmbitos.»
Estou certo e seguro de que os participantes neste Encontro de Cristãos do Oeste responderão a esta chamada. Por isso rezo e convosco fico, irmão e amigo!
+ Manuel Clemente
Durante o Encontro
foi também lido um TESTEMUNHO de uma
das dinamizadoras do Congresso, Irmã
Maria Celeste Lúcio, Franciscana Missionária de Maria:
“ Há 20 anos
levantava-se o alvoroço do Congresso.
Eu própria acompanhei alguns grupos inter-paroquiais da vigararia de
Torres Vedras, que iam aqui e ali anunciar o Congresso no contexto da
celebração dominical A estranheza de muitos,
a admiração de outros e a indiferença de alguns
eram sinal da novidade do evento, pretendendo envolver as pessoas como
cristãos que são.
Participei e
colaborei nas grandes celebrações de Torres Vedras, Caldas da Rainha e
Bombarral, cada uma com sua dinâmica e participação crescente da população.
Eu própria
sugeri um símbolo que a equipa organizadora aceitou: plantar uma árvore de
longa duração, que ficaria como desafio
às conclusões de vida do Congresso, a continuar ao longo do tempo.
Lá apareceu pela primeira vez na celebração de Torres
Vedras uma oliveira. Era o Timóteo,
experiente agricultor e membro da ACR, creio eu, que tomava conta da oliveira,
que apareceu depois nas Caldas da Rainha e depois em Bombarral, até ser
plantada junto do Senhor Jesus do Carvalhal.
O logótipo muito expressivo indicava marcha de irmãos
guiada pela Cruz. A oliveira desafiaria
a continuar sempre a marcha, com entusiasmo crescimento, ao longo dos tempos.
Na Sessão conclusiva, no Bombarral, com elaboração da
Acta do Congresso, presidida por D. António Vitalino, então Bispo Auxiliar do
Patriarcado de Lisboa e recém designado para a região do Oeste, ouvi dizer a ele
publicamente: “Apoiando-me no meu próprio nome, eu vinha com vontade de
vos exortar vitalidade, mas, afinal, já encontro Cristãos cheios de vida, como
se vê neste Congresso”.
A celebração eucarística que se seguiu foi uma
apoteose eclesial. Pouco tempo
antes, aquele amplo pavilhão
gimno-desportivo do Bombarral rapidamente ficou florido com giesta nas suas
galerias de cima, por iniciativa do jovem Domingos António, da Moçafaneira,
S.Mamede da Ventosa, que procurou arranjar giesta em quantidade abundante,
servindo-se do seu próprio transporte, ferramentas
necessárias e cestos para a colocar. O
Congresso ia envolvendo participação.
Naquela solene celebração eucarística estava a Igreja
do Oeste em torno do Senhor Patriarca D. António Ribeiro, que já muito
debilitado na saúde, fez esforço em acompanhar este acto significativo da zona
do Oeste. Além da multidão, lá
estavam os párocos e também autarcas:
expressão da Igreja na sua missão para o mundo.
O Espírito Santo é que conduz a Igreja na sua vida e
missão, mas também se serve de pessoas carismáticas e tenazes. Toda a gente reconheceu o P. Joaquim Batalha
como o grande impulsionador do Congresso
de Cristãos do Oeste e da dinâmica que dali decorre até ao presente, envolvendo
progressivamente, capacidades, competências, dons variados, numa atenção às
circunstâncias da história e às necessidades concretas.
Eu muito admirei as várias comissões e jornadas
realizadas logo a seguir ao Congresso, para concretização das linhas de acção
em horizontes de futuro. Em especial
admirei a plataforma do diálogo cristão
entre empresários e trabalhadores.
A Casa do
Oeste, «Fundação João XXIII» em Ribamar da Lourinhã, é o grande centro
propulsor da pastoral desta zona rural do Patriarcado de Lisboa, e dinamizador
da ACR (Acão Católica Rural) do Patriarcado,
com imensas acções de formação,
animação e colaboração de famílias e pessoas de todas as camadas etárias.
Um dos frutos do Congresso na minha paróquia de
origem, S. Mamede da Ventosa, Torres Vedras, foi melhoria litúrgica no Tríduo
Pascal pela envolvência dos vários lugares da freguesia, e uma acção anual de formação sistemática de
vários dias para todos.
A minha simples colaboração no Congresso, na área da
espiritualidade, segundo as várias
comissões de preparação, a devo à
protecção da minha irmã M. da Nazaré Gomes Lúcio, para deslocações grandes e
pequenas e tudo o que fosse necessário, ela que fazia parte da comissão
organizadora; ela faleceu em 2006.
Tenho presente várias pessoas dinâmicas e dedicadas,
que eu encontrei nos meus contactos de preparação do Congresso, especialmente
em Torres Vedras. Não pretendo fazer um
relatório, mas simplesmente dar o meu testemunho de partilha de vida, sem
deixar de sentir orgulho de ser natural do Oeste.
Ao P. Batalha, aos Congressistas e a todos os
participantes nesta celebração aniversariante do Congresso de Cristãos do
Oeste, os meus PARABENS e comunhão, com toda a estima e também com muita
emoção.”