EM MEMÓRIA DA TERESA ALMEIDA
(1943 -2016)
Faleceu recentemente a nossa amiga Teresa Almeida. Na nossa memória
permanecerá, durante muito tempo, a sua alegria contagiante. Todos nós, os que pertencemos
à Fundação João XXIII -Casa do Oeste e que mais proximamente partilhámos nossas alegrias e esperanças queremos aqui
deixar a nossa singela homenagem. Até sempre Teresa e um muito obrigado pelo teu
testemunho de vida ao serviço dos que mais precisavam da tua ajuda.
A Teresa foi animadora da Pré -JAC da zona de Alcobaça
e participante ativa nos retiros e atividades do Movimento JARC. Do
Canadá, onde residiu, envia mensagens para a Caravana e contributos para a Casa
do Oeste.
Depois de regressar partilha
com a Casa do Oeste toda a sua habilidade, sabedoria e generosidade: sacos,
saquinhos, panos, bordados, rendas, xailes
de lérias, frascos, doces,
receitas, testemunhos e os seus “Poemas de todas as cores”.
TERESA ALMEIDA, Titi, testemunho de Alda Vicente
“Obrigada por teres sido minha
amiga! Foste uma irmã mais velha, quando eu era ainda pouco mais que uma miúda,
naquele longínquo 1º (para mim) retiro da JAC
em Fátima, em Janeiro de 1970. Foste um pilar e um farol para todos que te
conheceram, eu incluída.
Falar da TA é falar da amiga
generosa, atenta, afetuosa, alegre e
corajosa que nunca virou o rosto às dificuldades e adversidades. Tinha a
generosidade de esconder o sofrimento e mostrar somente a alegria e o otimismo. As coisas menos positivas, não as
partilhava; partilhava sim, tudo o que tinha de bom e, era muito. Nunca te ouvi
reclamar ou queixar de nada, apesar da tua jornada ser, por vezes, bem
difícil.
Foste a Mãe para os teus irmãos
mais novos, a quem dedicaste alguns anos da tua vida, até partires para o
Canada. Lá, então, pudeste dedicar-te à tua realização profissional, no meio de
tanta luta... a realização pessoal, essa nunca deixaste de lado; em todas as
fazes da tua vida trabalhaste para a conseguir com todas as ferramentas de que
dispunhas. Desde a tua dedicação à catequese, à atividade
e colaboração na JAC, ao estudo, ao
voluntariado tanto em Montreal, como cá, à tua dedicação à família e aos
amigos, a todos que cruzavam o teu caminho. Sem no entanto, deixares de ser direta, sincera e acutilante sempre que era
necessário.
Eu costumava dizer que quando
fosse grande queria ser como tu. Continuo a querer, pois tu és uma das minhas
referências.
Agora, que partiste, o meu mundo
fica mais pequeno sem ti. Vou sentir a tua falta, muito! Apesar de não nos
vermos muitas vezes, pelas circunstâncias da vida. Não esquecerei as minhas
idas a Montreal e as tuas a Toronto. Os sítios que visitamos, os teus pequenos -almoços
de panquecas e o teu ouvido sempre pronto a escutar. Parecíamos duas miúdas e a
vida parecia que não acabaria nunca. Como nos divertíamos... e como a vida
parecia inesgotável, então para nós... Ficarás sempre, sempre no meu coração,
até que a mão de Deus nos reúna de novo! Como me disseste, anteontem, no
hospital: Até um dia destes, "piquena".
Um abraço até à eternidade!"