O Pe Batalha está a celebrar os 50 anos de ordenação sacerdotal (15 de Agosto de 1964). No domingo passado (dia 20) festejámos o acontecimento, num animado e muito concorrido CONVIVIO na Casa do Oeste, onde marcaram presença muitos amigos e companheiros da Ação Católica Rural do Patriarcado de Lisboa e das paróquias por onde o Pe Batalha passou durante estes anos. Foi uma pequena mas justa homenagem a um homem que tem dedicado a sua vida ao serviço dos outros.
Na Fundação João XXIII – Casa do Oeste são muitos os anos de trabalho em comum na gestão, dinamização e consolidação deste grande projeto. Tempos difíceis, mas muito ricos, muito criativos e engenhosos.
Temos encontrado, sempre, no Pe Batalha, uma grande disponibilidade e capacidade de aceitar e se envolver em novos projetos, de se abrir a novas parcerias, de dar força e vencer os obstáculos quando eles aparecem, sejam de que ordem for. O seu espirito combativo e determinado leva-o a ser persistente, a superar as dificuldades e a encontrar uma palavra de esperança e uma solução adequada para a concretização dos projetos e iniciativas em jogo.
É claro para todos nós que a Casa do Oeste é a “menina dos seus olhos”. Tem orgulho nesta obra que mais do que de pedra e cimento é de pessoas, de comunidade cristã viva e atuante no oeste e pelo mundo fora. É, para nós, a sua grande “paróquia”, sem limites geográficos… é do oeste mas também da Guiné passando pelos muitos grupos de amigos e voluntários que, do norte ao sul do pais, encontram na Casa do Oeste e na Fundação João XXIII um ponto de referência de serviço evangélico e de missão cristã.
Homem de Igreja e de fé tem contribuído, decisivamente, para que a Casa do Oeste seja um ponto de encontro dos irmãos, dos filhos de Deus, uma casa de oração e de celebração de ação de graças, com simplicidade, despida de ornamentos pomposos e falsos, com linguagem compreensível e partilha de reflexão …em que cada um se encontre com Deus na alegria de se sentir amado e envolvido na missão de serviço aos outros.
Com os olhos postos em João XXIII, “papa dos rurais” e fazendo jus das suas origens campesinas e do seu trabalho nos Movimentos da Acção Católica Rural tem contribuído para a valorização das atividades agrícolas e rurais e, sobretudo, para o desenvolvimento humano e cristão dos que aí trabalham e vivem, aproveitando os ciclos da natureza e as riquezas culturais do meio, para uma autêntica pastoral rural.
O Pe Batalha habituou-nos a valorizar o trabalho em equipa, sempre o vimos como um elemento respeitável do grupo mas respeitador dos outros elementos, com opinião clara e insistente mas permeável às opiniões dos restantes e enquadrador desses novos contributos.
Uma obra nunca é fruto apenas de uma pessoa e o Pe Batalha tem feito realçar esta premissa rodeando-se sempre de muita gente, servindo de ponte entre várias sensibilidades e gerações, criando consensos onde, por vezes, as crispações podem ser mais acentuadas…tudo para que o resultado seja mais eficaz com o contributo de todos.
A Casa do Oeste continuará erguida pelas gerações futuras, frente ao mar e rodeada de terra, unindo estes 2 elementos da natureza, para atestar que o sonho de alguns, concretizado por muitos, tem que estar sempre ao serviço de todos, porque assim os homens o pensaram e Deus o quis.
Entre esses homens está, na primeira linha e com muito mérito, o Pe Batalha.
O nosso muito obrigado.