Homenagem a Emídio Martins, grande militante cristão e
sindicalista!
A Fundação João XXIII/Casa do Oeste e os Movimentos Rurais da Ação
Católica do Patriarcado de Lisboa, vêm, deste modo, associar-se à justa
homenagem a Emídio Martins e desejar-lhe muitos anos de vida e de militância e
que o seu exemplo nos inspire a todos a darmos, generosamente, o nosso contributo
para as mudanças necessárias nas nossas comunidades.
Emídio Martins vai
celebrar 75 anos de idade no dia 1 do próximo mês de Março. Os familiares e
amigos vão organizar naquela data, em Torres Novas, uma festa convívio que será
também uma homenagem a um homem comprometido no combate por uma Igreja Católica
mais fraterna e por um povo mais livre. Emídio é um histórico dos movimentos
operários da Ação Católica das décadas de sessenta a finais do século XX,
fazendo um longo percurso de mais de cinquenta anos de militância.
Começou a trabalhar aos 13 anos de
idade.Com 16 anos, em 1955, integra o Grupo JOC (Juventude Operária Católica)
de Torres Novas, sindicalizando-se aos 18 anos e entrando na Liga Operária
Católica com 25 anos, após se casar com Maria Hermínia, outra conhecida
militante dos meios católicos. Em Maio de 1973 é convidado a integrar a Equipa
Permanente da LOC como Secretário Nacional do movimento e parte para Lisboa com
toda a família. Em 1974, já em liberdade, o Conselho Nacional de Junho decide a
fusão da LOC masculina com a feminina sendo a direção do agora Movimento
unificado partilhada pelo Emídio, como Secretário Nacional e pela Natividade
Cardoso, como Presidente.
O mandato do Emídio decorre de 1974 a 1980
atravessando todo um período de grandes transformações no nosso país com a
Revolução dos Cravos! No Conselho Nacional da LOC unificada de 1983 é eleito
Presidente Nacional para um mandato até 1986.Em Maio deste ano participa no
Congresso sindical da CGTP onde foi eleito para a Comissão Executiva, com
Carvalho da Silva como Coordenador da Central. Aí exerceu diversas funções
nacionais e internacionais sempre numa linha de unidade sindical entre as
diversas sensibilidades políticas e sindicais.
Emídio Martins esteve na Comissão Executiva
da CGTP durante dez anos, até 1996, regressando depois à sua terra natal
novamente como militante de base da LOC.