CRISTÃOS DO OESTE

A Acção Católica Rural defende que os cristãos têm que estar na linha da frente...


A Acção Católica Rural (A.C.R.) reuniu no dia 22, na Casa do Oeste, os representantes dos seus grupos em Conselho Diocesano tendo como pano de fundo a atual crise da sociedade, bem como a comemoração dos 15 anos do Congresso dos cristãos do Oeste e os 50 anos do concilio Vaticano II.


















Assim perante uma sociedade que se deixou manipular pelo consumismo e pelo individualismo ganancioso, renegando os valores da família e da comunidade, entregando-se à corrupção e à falta de solidariedade, promovendo o desemprego e a precaridade no trabalho, aumentando as injustiças e desigualdades sociais,

a ACR propõe aos membros dos seus Grupos e a todos os cristãos de boa vontade, que suscitem um dinamismo renovador e fomentem, no  Povo de Deus, novas formas de participação e empenho missionário ou apostólico nas suas comunidades.


Não se pode ser cristão sem o compromisso com a justiça e sem a solidariedade para com os pobres e excluídos.

Somos chamados a dar testemunho do Evangelho no mundo da família, da escola, do trabalho, da comunidade local, da comunicação social, da saúde e da cultura, etc ...
A coerência entre a Fé e a vida deve acompanhar o compromisso dos cristãos no sector público, pela sua participação nas instituições políticas e sociais, promovendo a justiça social e os direitos do homem em todas as fases da vida, a defesa e a recuperação da liberdade.

Os cristãos devem estar na linha da frente por uma nova era de justiça e de paz, pelo desenvolvimento integral solidário, erguendo a chama da Fé em Jesus Cristo para que se veja o caminho a seguir.

Eis alguns desafios a concretizar:
- a reeducação dos valores, especialmente na família, exercendo uma nova maneira de formar homens e mulheres, educando para a justiça, o que exige a renovação do coração;
- educar para uma correta utilização dos meios da comunicação social;
- na dimensão do trabalho, fundamental da vida humana, levar a economia e a finança a estar ao serviço das pessoas, respeitando a dignidade humana, envolvendo solidariamente os empresários e os trabalhadores, com responsabilidades justa e equitativamente repartidas;
- continuar a trabalhar  pelo desenvolvimento solidário, por uma nova consciência social em que tenham expressão o voluntariado e a cultura da gratuidade...

Existem sinais de esperança, que importa realçar, por exemplo: a valorização do trabalho agrícola, com novas iniciativas e experiências inovadoras; um novo espírito de poupança e reutilização de bens e recursos naturais; uma melhoria no nível da escolaridade em geral; também surgem cada vez mais pessoas capazes de dar a volta à vida profissional ou que apontam para a valorização da pessoa humana e de espaços de convívio social.; ousadias de criar o futuro, como foi João XXIII com o Concílio Vaticano II e como foi a agricultura biológica e são a defesa do ambiente e as energias alternativas; os diversos grupos e movimentos de voluntariado, em que muitos de nós estamos envolvidos e empenhados...

Para assinalar os 50 anos do inicio do Concilio Vaticano II, a ACR propõe-se retomar, entre os seus grupos, o estudo de alguns documentos fundamentais do Concilio e fazer a grande festa do Concilio, na Casa do Oeste, no dia 12 de Maio de 2013.